domingo, 20 de novembro de 2005

livros amontoados sobre a cama espaçosa em demasia
as paredes dum branco alongado são o ponto no qual os olhos perdem o foco
rachaduras e infiltrações,
o tic-tac do velho relógio na cozinha,
o cheiro do bolo ainda no forno,
as cantigas- de- ninar,
os olhos do menino caçando vaga-lumes

está tudo ali

sussurros enraizados nas memórias escassas

o silêncio

a distância

a amargura

o nunca mais da solidão

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