sexta-feira, 28 de outubro de 2005

fios descascados na crueza da dor
fios descascados na crueza da dor
fios descascados na crueza da dor


eu vi teus medos partirem de uma só vez
eu vi teus medos expiando a minha alma
eu vi teus medos se apossarem de mim
eu vi teus medos se apossarem de mim
eu vi teus medos se apossarem de mim


now I’m gonna clean up the lost beauty of your face
and get up stronger than the day before
nothing seems the same since I met the pale of your eyes


eu vi teus medos
eu vi teus medos
eu vi teus medos
eu vi teus medos
eu vi teus medos
teus medos
teus medos
teus medos
medos
medos
medos
medos


eu vi teus medos crescendo em mim

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Estava na cadeira de balanço, onde o avô não mais estivera.

douglas, douglas! disse alguém bem distante dali

eu quis um sorriso, mas a resposta não pôde chegar


[ficou enraizada na imensidão da vertigem]


Olhando fixo ao teto, só o que via eram rachaduras onde houvera a primeira estrela – o tempo marcado nas angústias veladas.


Entre o polegar e o indicador, um sonho escrevendo ciclos


[o epílogo desfeito – mais e mais gotas de chuva em meio ao arco-íris]

terça-feira, 4 de outubro de 2005

O espaço entre os músculos e a inquietação da alma – novo ponto a ser sufocado
Retrato absoluto de outra tarde desolada

onde o cinza prevalece – céu anunciando mudança climática.


A lua crescente é o que te parece mais lúcido – velhos amigos envoltos em trapos
Longe, as memórias acenam horizontes estanques

onde o azul rareia – trinta e oito anos delimitados pela dor

No one knows and no one came
No one knows and no one came
No one knows and no one came
Be my preferred angel
Be my preferred friend
Be my preferred true
Be my
My
Flesh and blood
Of mine


O que secretas te desnuda a essência
O que permites disfarça toda ausência
Quando quieto é que te nutrem as esperanças.

Eat my sins
Redemption is here
Redemption is here
Redemption is here
Always here



No medo encontras aquilo que te imuniza
O que te falta quando a queda parece lampejo
Quando a ilusão não passa de um sorriso perdido



As entranhas ardem em desespero
As entranhas ardem em desespero
As entranhas ardem
Ardem em desespero

sábado, 1 de outubro de 2005

Sofro de erosão


implacável
intercadente
lenta
profunda

A me consumir

os olhos
a boca
os sonhos
a solidão

Meu mar é você