É inquebrantável omissa de galinheiro O quanto a abananada face quase fuligem Reflectida num lago calmo quase poça Varia tanto, é sadia malícia e como me desalma, Num ápice, dos melífluos píncaros plenos De floreios imaginados pelo próprio sujeito Reflectido sobre a volúpia subterrânea dos sonhos Que nos revelam o reflexo diametralmente obscurantista Do próprio pútrido volte-face em pavor do próprio sujeito, Todos é igual a 1, E cheira a artimanha, zombaria, flagrante deboche com Que esburgar, rilhar, achincalhar e emborcar um lodaçal de Sepulturas enobrecidas pelo sumo da desgraça cómica A que sabe a bazófia dos bofetões que saram, caneladas de Canalhas, medalhas de algodão para mais tarde esquecer, Um sem-princípio encartado de portes de envio registrados Ao diabo-dará onde lorpas, valentes, mandriões e glutões Guardam suas pulhices num prisma bexigoso chamado salário E, de cú entre as pernas, esquivo-me de chapa na depravação.
Frisando como se houvesse botão pause no ecrã símio Dos meus olhos onde licito minha impertinência, vejo insecto, Como tantos outros uns, átilas logarítmicos e almanaques De sujeira foi o que me ensinou a matemática, a adular A aldrabice catita e libertina, repetir o louvável e estender-me Imponentemente impotente às tais variações de sentido, a tal Própria face do sujeito zero não pode afastar-se muito do seu recto Atrapalhado ou morrerá invísivel às equações subentendidas Entre mamíferos de línguas proibidas e casacos de pele da Rata das botas baixas, como a firmeza duma calúnia requintada Que ao fim da noite ainda te consegue cambiar a vida, mal Vires as costas e abandones o elevador à consecução Do seu cio xadrezista sentes uma carícia na orelha esquerda Em forma de sopro livresco, já chegastes lá? É tua onda a visada? Oh ignomínia logística deve ser engano, sou cossaco, abjecto Gentis-donas, mas deveras muchas gracias chico por tamanho Dilúvio vaudeville das glândulas seminais já tão sem pé Que faziam figas de prosperidade com formigueiros químicos A ver se era neste abominável bom tom que o freio Da auto-análise descurava do superfúlo capote e brandia Acintosamente, com temerário garbo e rojo, ao desfecho, ao Magnetismo oblíquo entre pião e bílis, ao entrechocar de sobrolhos. A castora sem vencimento espreguiça-se, de chofre Lava as ramelas do vulcão nas diópetrias, sente som, Adormeceu na coluna da boîte e roubaram-lhe a roupa, Peralvilhos também nús zurzem os ossos à sorrelfa Mas já ninguém abrirá mais os reflexos para se tocar, têm O traseiro pejado de impressões inquisitoriais de maré arcaica, Trilham testículos com descuido no trinco das portas De lamborginis descapotáveis velados pela poligamia, É festa, diz o jesus da cara tatuada como uma lápide Com as sacras polegadas do desejo e do pejo lacradas na Única gaveta, no último cubículo feito de borracha perpétua.
Entretanto, na sua ilha, à espera de trabalho humano, O porteiro mal abotoado decidiu-se pelo chocolate com nozes e, Como uma pedra rasa no dito charco – daquelas que fazem Ricochete na planície marinha e saltam como sapos – Veio-se triunfante no sarcófago de Chernobyl, Sem vexame, ao espelho, Como quem imprime uma factura, e depois, Depois escreveu: “saborosa sarna”.
4 comentários:
Todos temos um pouco de Dorian Gray, caro poeta. E tem a dor e o desejo nesse entremeio.
Abraço
passando pra levar outro poema seu pra lá.
abraço.
Todos tememos
o reflexo e o tempo...
Passando p/ te convidar a passear pelo Blog de 7 Cabeças e ver um poema da Iara, minha convidada da semana.
[http://blogdesete.blogspot.com]
Beijos!
NÃO REFLICTO.
É inquebrantável omissa de galinheiro
O quanto a abananada face quase fuligem
Reflectida num lago calmo quase poça
Varia tanto, é sadia malícia e como me desalma,
Num ápice, dos melífluos píncaros plenos
De floreios imaginados pelo próprio sujeito
Reflectido sobre a volúpia subterrânea dos sonhos
Que nos revelam o reflexo diametralmente obscurantista
Do próprio pútrido volte-face em pavor do próprio sujeito,
Todos é igual a 1,
E cheira a artimanha, zombaria, flagrante deboche com
Que esburgar, rilhar, achincalhar e emborcar um lodaçal de Sepulturas enobrecidas pelo sumo da desgraça cómica
A que sabe a bazófia dos bofetões que saram, caneladas de
Canalhas, medalhas de algodão para mais tarde esquecer,
Um sem-princípio encartado de portes de envio registrados
Ao diabo-dará onde lorpas, valentes, mandriões e glutões
Guardam suas pulhices num prisma bexigoso chamado salário
E, de cú entre as pernas, esquivo-me de chapa na depravação.
Frisando como se houvesse botão pause no ecrã símio
Dos meus olhos onde licito minha impertinência, vejo insecto,
Como tantos outros uns, átilas logarítmicos e almanaques
De sujeira foi o que me ensinou a matemática, a adular
A aldrabice catita e libertina, repetir o louvável e estender-me
Imponentemente impotente às tais variações de sentido, a tal
Própria face do sujeito zero não pode afastar-se muito do seu recto
Atrapalhado ou morrerá invísivel às equações subentendidas
Entre mamíferos de línguas proibidas e casacos de pele da
Rata das botas baixas, como a firmeza duma calúnia requintada
Que ao fim da noite ainda te consegue cambiar a vida, mal
Vires as costas e abandones o elevador à consecução
Do seu cio xadrezista sentes uma carícia na orelha esquerda
Em forma de sopro livresco, já chegastes lá? É tua onda a visada?
Oh ignomínia logística deve ser engano, sou cossaco, abjecto
Gentis-donas, mas deveras muchas gracias chico por tamanho
Dilúvio vaudeville das glândulas seminais já tão sem pé
Que faziam figas de prosperidade com formigueiros químicos
A ver se era neste abominável bom tom que o freio
Da auto-análise descurava do superfúlo capote e brandia
Acintosamente, com temerário garbo e rojo, ao desfecho, ao
Magnetismo oblíquo entre pião e bílis, ao entrechocar de sobrolhos.
A castora sem vencimento espreguiça-se, de chofre
Lava as ramelas do vulcão nas diópetrias, sente som,
Adormeceu na coluna da boîte e roubaram-lhe a roupa,
Peralvilhos também nús zurzem os ossos à sorrelfa
Mas já ninguém abrirá mais os reflexos para se tocar, têm
O traseiro pejado de impressões inquisitoriais de maré arcaica,
Trilham testículos com descuido no trinco das portas
De lamborginis descapotáveis velados pela poligamia,
É festa, diz o jesus da cara tatuada como uma lápide
Com as sacras polegadas do desejo e do pejo lacradas na
Única gaveta, no último cubículo feito de borracha perpétua.
Entretanto, na sua ilha, à espera de trabalho humano,
O porteiro mal abotoado decidiu-se pelo chocolate com nozes e,
Como uma pedra rasa no dito charco – daquelas que fazem
Ricochete na planície marinha e saltam como sapos –
Veio-se triunfante no sarcófago de Chernobyl,
Sem vexame, ao espelho,
Como quem imprime uma factura, e depois,
Depois escreveu: “saborosa sarna”.
(para ler em voz baixa e às escondidas).
inédito 2007
WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM
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