sexta-feira, 13 de abril de 2007


azul-empalidecido é o silêncio feito da poeira daquilo que preservamos quieto, dentro dos ossos – as horas revisitando os estilhaços dos nossos fantasmas insones. azul-encarnado é o silêncio das memórias rompendo a rigidez moribunda do tempo, além acima – as estações alinhadas diante do horizonte chuvoso [febris, trazemos nas mãos o desdizer do destino. e acreditamos que ainda podemos sonhar]

2 comentários:

Ana M disse...

em tempos, a dor começa a doer nos ossos, e grita muito além do que posso carregar. os fantasmas, sempre insones, não me deixam perder nem um caquinho do que passou. permanecem em vigília. sempre dói. muito.
triste hoje, eu.

Iara Maria Carvalho disse...

menino, ainda há sonhos mesmo e acreditar nisso é se agarrar á crueza da vida e dela absorver a sua mais pia certeza: de que somos vítima de nós mesmos, fósforos, luz e incêndio.
sua escrita é apaixonante, um delírio pelos (des)caminhos da alma.
obrigada por sua sempre tão carinhosa visita na minha Janela!
beijos...