sábado, 6 de outubro de 2007

quando a distância aproxima desamor e indiferença
crescendo no peito uma aurora muda
destelhada e terminalmente vazia
são restos os sonhos que sobrevivem às retinas
tristes ecos reticentes abrigados em si mesmos


imagem de eduardo naranjo

3 comentários:

Anônimo disse...

Houve, à noite, vendaval
que arrancou do telhado algumas telhas
mas não permitiu ver estrelas no céu.
Eles dormiam.
Os sonhos que tinham, o vento levou
a noite apagou os sorrisos
e ainda em sono, perderam-se
pois mesmo com seus restos de sonhos
sonhavam distantes demais

nana disse...

mas são tanto
- são tudo -,
às vezes,
os restos...

Maria disse...

maravilhosa imagem, amei. teus texto sempre gosto muito e me identifico. beijo.
"aurora muda, destelhada e terminalmente vazia" - clap,clap.