sexta-feira, 25 de agosto de 2006


é feito dor
que escrevo
poemas embravecidos
fustigados pelo tempo
circunscrito na palma das mãos
do pálido aceno
que te levou daqui
mas não me deixou
a solidão
(carros, pessoas, livros,cigarros, canções
só aumentam a brevidade incômoda
desse amor que passou
d
e
s
a
b
a
n
d
o
a certeza de mim)

4 comentários:

Anônimo disse...

gostei muito!! agora ficou completo...
beijo

Anônimo disse...

O amor
desabando
desvendando
verdades...

Keila Sgobi de Barros disse...

sábias observações em meu caminho...

e...apesar de desabamentos me incomodarem, percebo que depois deles, sempre uma nova construção aparece - mesmo que seja um estacionamento.

Beijos

Leandro Jardim disse...

Belo poema!

quanto ao seu comentário do meu poema no blog de 7 cabeças... fiquei curioso por um juízo de valor, mas adorei as palavras que usou para descrever as emoções provocadas!