escapo à solidão que não soube me devorar, em silêncio. os odores da madrugada vêem-me verticalizar o prenúncio duma aurora possível de ser sonhada, sem ti. espantalho, desfiz o nó do medo e cementei meu coração. só o que pedi era pra que amanhecesses meus girassóis.
não há mais rastros da saudade
somos dois estranhos inventados por nós mesmos
neste quarto limpo de vida
a recortar nossa história em pedacinhos
VISÍVEIS demais para serem ignorados
DISTANTES demais para serem caminhados
MEDROSOS demais para serem amados
PATÉTICAS amostras dum fim arrastado