As paredes do quarto
Ganham outras formas e texturas
Quando as cores da primavera ficam mais distantes.
A alma tateia a superfície do medo
E o peso de cada momento redobra
Quando a chuva lá fora varre lembranças.
Nesta agônica cantiga
A crueza do abandono resvala nas horas
Quando a dormência dos indigentes infesta a esperança.
[cai sobre meus ombros o que restou das recordações]
Povoada por sons
A melancolia do poente anoitece a sanidade
Quando a febre em mim persiste.
Um lampejo e sou deus
Um aceno e desfaço ilusões
Ganham outras formas e texturas
Quando as cores da primavera ficam mais distantes.
A alma tateia a superfície do medo
E o peso de cada momento redobra
Quando a chuva lá fora varre lembranças.
Nesta agônica cantiga
A crueza do abandono resvala nas horas
Quando a dormência dos indigentes infesta a esperança.
[cai sobre meus ombros o que restou das recordações]
Povoada por sons
A melancolia do poente anoitece a sanidade
Quando a febre em mim persiste.
Um lampejo e sou deus
Um aceno e desfaço ilusões
Um segundo a mais e seria poesia.
4 comentários:
um terceto final perfeito, meu caro poeta.
cada vez melhor.
saudações
Fiquei sem palavras....belo, perfeito!
Abraços
Gostei muito de ler. Obrigada pela visita.
Ola,
Passei aqui.
Beijos
Joana
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