quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Daquilo que se repete incansavelmente dentro da alma

fica o desamor pesando sobre nossos sonhos

restos de sonhos-cobaias


[a sobrevida do instante

o escárnio das auroras infestadas por gafanhotos marrons

a palidez da lua dentro dos teus olhos

a minha pele nervosa e suada

as brancas paredes deste maldito quarto

que não me deixam rabiscar

outro horizonte na boca de deus]


Eu preciso d’um minuto sem ouvir vozes

Eu preciso sangrar o que me adoece

Eu preciso estancar a lucidez

Eu preciso sair daqui

Eu preciso do teu colo

E da tua nudez de menina

Eu preciso que amanheças meus girassóis

Eu preciso que saibas do meu mundo


Recomeçar as estrelas

Reanimar as auroras

Reavivar os sonhos

E de novo, sorrir.

4 comentários:

Joana Careca disse...

OI Douglas,
deixei um link daqui no meu blog.
Beijos
Joana

Anônimo disse...

e é a necessidade que nos consome, meu caro.

belíssimo texto

Saudações

Bell... disse...

Douglas, douglas...
leu meus pensamentos?..rs
simplesmente,
adorei.
bjs*
e linkado...

marcia cardeal disse...

quis comentar, mas as palavras são mais suas. e como é lindo isso...!!
beijo